Bem, estou mais calma e aceitando melhor algumas coisas... As generalizações continuam e temo me cansar se ficar repetindo incessantemente que aquele animal não é au-au, e sim jacaré, passarinho ou macaco. Para as duas, todo animal é au-au, toda criança é neném, tudo que tem tecla merece um alô e ponto final. Apesar de trabalhar com educação, acho uma chatice ficar repetindo sem parar as palavras para que depois elas mostrem para os outros o que aprenderam... Parece que todo mundo que se aproxima fica querendo testar os conhecimentos da criança, mal nasceu e já está inscrita no vestibulinho: tem que saber dizer quantos anos tem, as cores, os números, etc e tal. Me aconselharam a comprar uns DVDs malucos que ficam repetindo sem parar as mesmas palavras para estimular a fala de bebês. Os tais já ganharam até prêmio! É tão bom que a palavra falada não casa com a imagem mostrada, e repete sem parar sem relacioná-la a alguma coisa que tenha lógica. Como nada é totalmente ruim, aparecem alguns (poucos) quadros lindos de pintores famosos e a música é clássica, igualmente linda! Laís relaxou que é uma beleza, mas acredito que para aprender as cores, não serviu! Comprei uns lápis coloridos e peço para elas pegarem esta ou aquela cor, mas não quero me estressar mais com isso. As palavras tem de aparecer naturalmente, a partir das situações vividas. Só assim farão sentido e serão, de fato, aprendidas. Vale lembrar que elas são crianças, não PAPAGAIOS!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Pílulas de mãe
1. Fiz umas caixinhas de dobradura que aprendi com uma colega de trabalho. Laís brincou de tirar e encaixar de novo as tampas. Quando não consegue, pede minha ajuda. Ísis rasgou, curiosidade em saber o que tinha debaixo do papel usado (eram folhas de rascunho, já impressas de um lado).
2. A febre as faz mais sonolentas e carinhosas. No lugar da agitação, curtem aninhar-se no nosso colinho... três dias de puro aconchego...
3. Inútil distraí-las para que não prestem atenção nos episódios do CSI (o pai vê todos os dias), outro dia Ísis imitava o psicopata da tela, que parecia uma cobra com a língua de fora.
4. Tanta gente querendo perder peso por aí (inclusive eu!) e a Laís consegue fácil esta proeza, a cada consulta ela perde mais um tiquinho. Aposentamos o Sustagen e a pediatra receitou Fortin. É hipercalórico, tão bom que ela toma na mamadeira e recusa o almoço... Ô dificuldade!
5. A conta da farmácia tá maior que o Everest!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Desespero em se comunicar
Ísis resolveu me bater, puxar meu cabelo e me morder quando quer alguma coisa. O que dói (literalmente) é não sabermos o que é. Na maioria das vezes, fome, e é normalmente inútil pedirmos para que ela fale o que quer... "Fala, filha, o que você quer?" O engraçado é que ela já diz muita coisa, mas suponho que seja apenas por repetição, não porque entendeu realmente o que aquilo significa, ainda que só repita determinadas expressões nas situações certas. Será que, por nervosismo ou desespero, não consegue raciocinar na hora? Estão novamente doentinhas, e sem comer quase nada, vomitando a torto e a direito, deve dar mesmo um desespero de fome. A Laís abre logo a boca: "Qué mamá!", mas a irmã ainda precisa gritar e bater. Quando fui a uma palestra sobre surdos, a doutora sempre reforçava que eles, de uma maneira geral, mostram-se agressivos antes de aprenderem LIBRAS. O desespero de não conseguir se comunicar é algo impossível de se imaginar, deve ser muito ruim. Nessas horas tento me controlar e entender o lado da minha princesa. Está crescendo, já compreende muita coisa, mas a comunicação ainda é um grande problema pra ela. Crianças mais novas talvez não se desesperem tanto, o entendimento do que acontece em volta ainda é menor. Além disso, ninguém espera que uma criança de um ano ou de meses fale do que está precisando, a nossa cobrança é maior sabendo que ela já tem mais de dois anos... Bem, enquanto isso a gente continua apanhando, tentando adivinhar o que ela quer... mas sem nunca deixar de perguntar mais uma vez: "O que você quer, filha? Fala!"
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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