domingo, 28 de dezembro de 2008

Cadê meu leite?


Engraçado que agora, as duas já não se contentam em apenas receber a comida. Querem pegar a colher e colocar na boca, enfiar a mão no prato...É uma sujeira sem fim, mas necessária. Dificilmente elas aceitam a comida se não for desse jeito. Às vezes eu deixo, mas depois de tomar banho...ninguém merece! É comida no nariz, no olho, na MINHA roupa, no sofá, voando...! Laís então, quando a gente não faz o que ela quer, exercita seu cuspe a distância. Ísis é mais discreta: finge que está com sono pra não comer, mas quando vê que estou limpando a boca e tirando o babador, fica serelepe novamente. Tá pensando o quê? Todo dia essa gororoba! Cadê meu leite?

Primeiras papinhas


Bem, estou meio atrasada nas postagens, mas desde que começaram a comer, sobra pouco tempo para fazer qualquer coisa... Quando se termina uma refeição, já está na hora da próxima!

Começaram as papinhas! Laís, que não gostava nada de mamadeira e ficava horas de barriga vazia numa boa, mostrou que seu negócio é mesmo uma colher... Abre bem a boca e come tudo. O peso, que dos 5 para os 6 meses só aumentou 100 gramas, já não me preocupa mais. Comendo ela engordou mais de 700 gramas ao completar 7 meses. Suco é que ela não quer saber. O pai faz de laranja, melancia, mas não adianta. O que ela melhor aceitou foi o de manga! Logo este que eu simplesmente DETESTO!

Já a Ísis foi bem diferente. Demorou para se acostumar com a colher, cuspia tudo, colocava a língua pra fora... Bênção foi ter colega de trabalho fonoaudióloga. Ela me ensinou o movimento, jogando a comida para o céu da boca e outra colega me indicou uma colher maravilhosa. Falou a voz da sabedoria e a voz da experiência. Depois que aprendeu a comer ficou gulosa, chora quando a gente passa do horário. Mesmo assim, ainda coloco menos quantidade no prato dela.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Primeiras compras



Este mês Claudio não fez mais as compras sozinho, a família toda acompanhou. Elas foram no baby bag (a foto foi tirada antes de sair)e levamos nossa secretária. Não preciso dizer que foi um sucesso, preciso? Tudo quanto é funcionário do mercado ajudou. As duas não sentam ainda e não puderam usar o carrinho com bebê conforto que eles têm lá. Passaram a maior parte do tempo dormindo... Depois deste dia já fomos ao shopping do mesmo jeitinho, só ficou difícil carregar a bolsa, estava muito pesada, vovô Tage teve de levar!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Primeiro Dia dos Pais

Estava eu folheando com minhas pimpolhas o livro “Exercícios de ser criança” de Manoel de Barros – elas gostaram, o livro é colorido, mas ainda não puderam ver as cores das palavras, ainda mais bonitas que as ilustrações (ou eu é que, pretensiosamente, achei isso) – quando me dei conta que elas vieram dos despropósitos: fora de hora, fora de peso, fora de lugar... Igual a mim, nem precisei ensinar, as duas já nasceram sabendo carregar água na peneira, como toda criança. Só que os adultos tratam de tirar isto delas antes mesmo que possam falar. Aqui não. Por isso, o primeiro presente do primeiro Dia dos Pais é um convite aos despropósitos. Será que ele vem?

ESCOLA DE DESPROPÓSITOS

Viemos para te ensinar os despropósitos.
Há quem cuspa,
não goste,
despreze.
Mas a gente gosta.
E para você que não costuma se ligar
nos olhares perdidos,
nós saímos do tom.
Não viemos com bula ou
manual de instrução,
mas tomamos medicação!
Algumas coisas se pode controlar,
como quando se banhar
ou a hora de alimentar,
mas a nossa fome
é fora de hora.
E para você que não costuma se ligar
nos silêncios,
vai se prender no sorriso que brotar dele.
Viemos para te ensinar
a fazer poesia na sua humilde matéria.
E se você não souber onde ela se esconde,
a gente mostra.
Pode dar numa caverna escura,
bem diferente das luzes coloridas da TV,
mas a gente te guia.
E se você tiver medo, pai,
pode deixar que a gente te abraça.
Dá a mão!

(28 JUL 2008)

Livros e mais livros...

Ísis, em sua primeira incursão pelo mundo dos livros, saboreou a folheada de páginas por nossos pobrezinhos livros de arte comprados na banca. Agora fica olhando direto pra estante até a gente abrir algum para ela ver. Papai mostra os livros de receita, quer que ela aprenda a cozinhar desde cedo!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Que lindos sorrisos!




As duas começaram a rir quando se brinca ou conversa com elas. Primeiro foi a Laís, já no início do 3° mês, depois a Ísis, que começou agora. Tem coisa mais linda? Até às 4 da matina a gente fica de bom humor!

Que saudades!

Muito tempo depois...

Nossa, estou há um tempão sem escrever nem publicar foto, elas consomem todo o nosso tempo. É remédio, fralda, banho, pediatra, vacina...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Visitas e ligações?

Aviso aos amigos e parentes:

As visitas ainda não estão liberadas, quem sabe semana que vem já tenhamos conseguido vacinar as duas...

Tem muita gente ligando em horários que, infelizmente, não dá pra atender, porque eu e Claudio não podemos nos revezar. Vou colocar aqui embaixo os melhores horários pra quem quiser ligar e falar conosco:

16:30 às 17:45
19:30 às 20:45
22:30 às 23:45

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tem coisa mais fofa?

Papai coruja


Olha a cara dele de cansado! Mas vale a pena, a felicidade vem em dobro!

Primeiro Dia das Mães

Nossa! Nunca recebi tantas ligações, e nem era meu aniversário! Agradeço os telefonemas e recados. Minhas filhas e marido me deram uma linda cesta de café da manhã...

Para homenagear as mães vou postar um texto que escrevi para a minha mãe há pouco tempo atrás, quando comecei a me aventurar pelos caminhos da prosa. Feliz Dia das Mães!

“Há que usar muitas palavras para cantar a mulher da minha vida. Palavras das mais castas, santas, brancas, calmas e leves, e até das vis, pois trata-se de pessoa humana. Há que segui-las de adjetivos para que caminhem corretamente adornadas, do contrário seria pouco para falar daquela que me marcou como quem marca gado: a ferro e fogo. De início dói,mas agora permanece - sabor de eternidade - feito tatuagem que enfeita e veste, e dá o tom de quem a gente é. Palavras são poucas. Há que usar das mais belas e quentes e frias e tácitas metáforas, assim como é próprio dos poetas que cantam suas amadas. Há que usar rimas, das pobres, das ricas e das medianas, sem discriminação de classe. Afinal, para cantar uma mulher faz-se preciso tanto as flores quanto os diamantes. Palavras, há que casá-las muito bem a fim de construir imagens, ofício da (boa) poesia. Que ao ler a mulher amada tenha um filme à sua frente, claro e sutil, telas de grandes artistas animando-se a cada linha. Mas por mais que as palavras se façam solenes neste momento, há que tocar àquela que me emprestou seu seio e me entregou seu corpo. Tem de haver um beijo, um enlace. E, por fim, há que dizer: “ainda que o tempo passe, ainda que sua pele perca o viço, ainda que o seu corpo feneça, ainda assim te amarei, cada vez mais”. Há que reproduzir o momento em que ela me viu pela primeira vez e, desamparado, ela me aninhou em seu colo e deixou rolar a primogênita das muitas lágrimas que ainda estavam por vir.”

Comentário que mereceu página principal (Belas palavras!)

O nosso amigo João Ximenes deixou um comentário tão bonito que merece aparecer mais:

Abençoa-te para sempre, na eternidade, a chegada das meninas que vão trazer literatura e poesia, e dentro de cada uma delas ainda está escondida a palavra que o mundo um dia mudará. O vócabulo que eu não sei. Só esperando para ver Laís e Ísis nos contarem suas primeiras palavras. Haja leitores no mundo para isso! Vendo as fotos agora eu sinto que os anjos não vêm do céu, eles vêm das mães que cuidam como deusas de seus próprios filhos. Benditas sejas tu! Tão nova e tão cheia de vida, és generosa como sempre. De tanto amor e vida que reuniu para si, um dia você juntou-se a ele e resolveu colocar parte de si mesma para o mundo. E o mais incrível, é que assim como o milagre "dos cinco pães e dois peixinhos, cinco mil alimentou", você disseminou duas lindas totalidades da vida para alimentar um coração inteiro.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mamãe em dose dupla

Primeira foto juntas...em casa!

Primeira consulta com o pediatra

No dia 5 de maio Laís e Ísis foram ao consultório do Dr. Cláudio Teixeira para sua primeira consulta. Chegando lá, quem encontramos? Tia Tânia, que finalmente conheceu as meninas que ajudou a pôr no mundo...

As meninas ficaram comportadíssimas e nem choraram, só na hora de tirar a roupa.

Nunca vi tanto sucesso! Fomos parados por, no mínimo, umas 20 pessoas querendo ver: “São gêmeos?” “É um casal?” “Duas meninas?” “Que lindas!”

Não há lugar como nosso lar

Chegaram em casa no dia 28 de abril, segunda-feira, no final da tarde, depois de 31 dias internadas na UTI Neonatal. Papai Cláudio filmou tudo, inclusive os companheiros de UTI que agora também fazem parte da nossa história e do nosso círculo de amizades.

Antes de mais nada...

Gostaria de me desculpar pela falta de postagens, mas vocês devem imaginar que nosso foco agora são elas...estamos felizes por ter nossas fofinhas finalmente em casa!

domingo, 27 de abril de 2008

Levantando o queixo

Ontem, um dia antes de completar um mês, as duas começaram a levantar o queixo sozinhas, virando a cabecinha... Para prematuras, elas estão muito salientes!

domingo, 20 de abril de 2008

Xixi!

Hoje à noite a enfermeira Cristina foi pesar a Ísis e... adivinhe o que ela fez! Xixi na balança!

sábado, 19 de abril de 2008

Promovidas!

Ontem fomos pegos de surpresa quando chegamos ao hospital. Laís e Ísis já não estavam na incubadora,foram promovidas para o bercinho. Desta vez foi a Laís que começou a sugar, diz a enfermeira que ela ficou com inveja da irmã...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mamadeira no colo da mamãe

Ontem a Ísis mamou seu leitinho no colo da mamãe por duas vezes. Depois que aprendeu a sugar ficou tão gulosa que mama mais do que a quantidade prescrita para ela. Eu quis tirar a mamadeira e ela não deixou! Papai, quando chegou, não se conteve em ver a filha mamando: "Olha que coisa mais linda!"

terça-feira, 15 de abril de 2008

Primeiras visitas

Terça-feira é o dia da visita dos avós na UTI neonatal. Hoje elas receberam a visita dos avós paternos, Manuel e Sandra e da avó materna, Leila, que já ia todos os dias... Semana que vem será a vez do Vovô Tage e da bisa.

Primeira vez que a Ísis conseguiu sugar tudo!

Hoje a Ísis mamou pela primeira vez na chuquinha toda a sua dieta!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Primeiro escrito depois do parto

Senhor,
Eu te pedi um milagre,
me deste dois.
Eu te pedi uma lágrima,
me deste dois sorrisos.
Eu te pedi um pão,
me deste duas bocas.
Eu te pedi uma canção,
me deste duas sinfonias.
Eu te pedi uma vida,
me deste duas.

Por mais que eu cante louvores,
eles jamais serão suficientes,
jamais dignos da tua imensa glória.
Por mais que eu agradeça,
preces serão poucas.
Pois eu te pedi um momento,
e me deste a ETERNIDADE.

Nasceram!

Nasceram no dia 27 de março de 2008 , de parto normal, as gêmeas Laís e Ísis. Primeiro a Laís, às 15:50, e depois a Ísis, três minutos depois. Como chegaram com apenas 31 semanas de gestação, precisaram ficar internadas na UTI Neonatal para ganhar peso.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Laís e Ísis (Uma história pra lá de incompleta)

Oi, eu sou a Laís. Esta é a minha história, ou melhor, minha e da minha irmã. Mas começa comigo porque, no início, só existia eu. Quer dizer, minha irmã já estava lá, mas ninguém sabia ainda. Na verdade, ninguém sabia também que eu era menina, eu bem que podia ser um “garotão”, como era vontade do meu pai.

Nossos pais, Fabiana e Cláudio, se conheceram em Muriqui, num feriado de Páscoa, há não muito exatos onze anos atrás. Desde o primeiro dia eles não pararam mais de se falar, mesmo que por telefone. Grudaram que nem chiclete.

Bom, essa parte do namoro eu vou pular, porque como eu sou muito pequena ainda, minha mãe não achou prudente me contar tudo. Eles namoraram e ponto. Pronto.
Depois de sete anos namorando eles resolveram se casar. Assim, como manda o figurino: igreja, vestido, festa e apartamento novo.

Bem, o apartamento estava meio vazio... Mas quem liga? Tinha amor sobrando pra tudo quanto era lado. Nenhum dos dois se importou de assistir TV sentado em cadeira de praia nem de comer com o prato na mão.

Meus pais tiveram de ter muita paciência com os nossos avós, que não se cansavam de pedir que a gente nascesse logo. Mas os dois estavam muito ocupados em estudar e trabalhar. Não tinham tempo de fazer a gente.

Até que um dia meu pai resolveu que já era hora. Falou com a minha mãe ( que já estava prontinha...) e os dois fabricaram nós duas: eu e minha irmã. Agora não me venham me perguntar como foi isso. Eu já expliquei que sou muito pequena e quando me contaram minha história pularam algumas partes. Esta foi uma das partes puladas. Quem quiser saber mais que pergunte pra eles. Se você for criança duvido que eles contem. Ou então vão inventar uma mentirinha para enrolar vocês.
Bom, a minha mãe soube que eu já estava na barriga dela no dia 21 de setembro, dia de ir à Bienal com o pessoal do trabalho. Aliás, este é o passeio preferido dela, nunca vi ninguém gostar tanto de livro. Depois de fazer um teste de farmácia antes de ir, ligou pro meu pai de lá mesmo, no meio daquela confusão de gente comprando livro, e contou pra ele. Mas quem disse que ele acreditou?

Bem, ele ficou assim, não acreditando, mas dizendo que quando o resultado do exame de sangue saísse, aí sim, poderiam comemorar. Mas quem disse que bastou? Meu pai é do tipo que gosta de tudo bem confirmadinho... Precisava esperar para me ver na televisão...

Eles ficaram quietinhos e não contaram pra ninguém, mas vovó e titia já estavam desconfiadas, porque nunca tinham visto minha mãe recusar chocolate.

Pois é, quando eles finalmente viram o bebê na televisão não era só eu, éramos duas (ou dois, né, ninguém sabia ainda) Minha mãe ficou paralisada, coitada, e só não caiu porque já estava deitada! Meu pai perguntava sem parar à doutora se era mesmo verdade. Insistiu tanto que a médica teve de ensiná-lo a contar de novo: um, dois, um, dois, enquanto mostrava a gente na telinha.

A partir daí, os dois, pra lá de assustados com o fato de terem mais de um filho de uma vez só, nem se animaram muito de comprar nossas roupinhas. A ficha demorou a cair. Mas a vovó Leila foi se adiantando e trazendo tudo como se fosse para um casal: um menino e uma menina. Agora eu vou parar de contar porque a Ísis não pára de me empurrar querendo contar o resto!

Oi, eu sou a Ísis, a outra gêmea desta história. Desde o início, quando minha mãe ia fazer a ultra, eu sempre fui difícil de examinar. A doutora me apertava com o aparelho e eu corria pro outro lado. Nas consultas de Pré-Natal, cadê que conseguiam escutar meu coração? Minha mãe resmungava logo: “Ih, é igualzinho ao pai, agitado. Este deve ser o menino...” Até hoje sou eu quem dá mais trabalho, faço tanta ginástica que quase não deixo a mamãe dormir.

Mas lá com 18 semanas, a doutora viu claramente: duas meninas. Ninguém contestou, com exceção do meu pai, que ainda teimava que tinha um garotão no meio da história. Teimou tanto que a médica disse: “Tudo bem, vou rezar para eu errar”, só pra não chatear o papai.

Esperando a confirmação da ultra para comprar o uniforme inteiro do Vasco (incluindo até chupeta e mamadeira), voltamos lá com 22 semanas para outro exame. Só que esta médica era brava e não gostou nada quando meu pai duvidou do sexo da gente. Ficou mostrando detalhadamente nossas partes baixas pra ele. Mas mesmo assim ele teimou (de novo) em perguntar: “Não dá pra virar um saquinho?”. Ela nem respondeu, só deu um suspirinho de falta de paciência...

Vovô Tage foi quem gostou, contou pra todo mundo antes dos nossos pais chegarem em casa. “Eu sabia que seriam duas meninas”.

Deste momento em diante, começou a busca por um nome. O da minha irmã não, pois já estava escolhido bem antes da minha mãe ficar grávida. Se fosse homem, já tinha nome. Mas sendo outra menininha... Foi aí que meu pai teimou (de novo) com um nome da mitologia grega que minha mãe tinha mencionado tempos atrás. Quis saber o significado e gostou – deusa ou espírito supremo. E aí pronto, ninguém poderia ousar discutir porque já estava decidido, eu me chamaria Ísis. Ainda bem que mamãe também gostou, ela teve uma colega de faculdade com este nome que era um doce de pessoa.

Bom, estamos crescendo e nossa história continua. Hoje temos mais personagens para compartilhar conosco a nossa trajetória, que apesar de curtinha e pra lá de incompleta, começou desse jeitinho que nós contamos (ou que nos contaram).

E você ? Também quer fazer parte da nossa história?