6. Ainda não anda? O meu com 9 meses já corria!
Por causa deste tipo de comentário eu vivia estressada. Consultei neuros,
psicólogos, outros pediatras, pois elas demoraram a fazer tudo. Naquele livro
onde se registram as vacinas, a cartilha de saúde da criança, tem um guia do
que a criança deve ser capaz de fazer a cada período do desenvolvimento, e
definitivamente elas não obedeceram aos parâmetros. Não sentaram aos seis
meses, não engatinharam aos oito meses, não andaram com um ano. Minha mãe
sempre dizia que eu, na minha festa de um ano, corria! Os médicos, no entanto,
achavam que eu estava louca, tudo normal, talvez um tempo maior por conta da
prematuridade. Na fala foi pior, eu fiquei muito neurótica! Mas este assunto merece
outro texto, foi uma verdadeira novela!
7.Elas não podem estudar na mesma sala de aula.
Não é bom!
Se vocês forem pesquisar, com certeza vão encontrar inúmeros
profissionais (professores, pedagogos, psicólogos) defendendo a separação dos gêmeos
na escola. Eu sou pedagoga também mas não acho que deve ser assim, a ferro e
fogo. Numa das escolas em que trabalhei decidimos separar duas gêmeas e uma
delas passou praticamente todo o primeiro período do ano letivo chorando. Para
a irmã, foi super tranquilo. Rola uma
dependência mesmo(normalmente de uma das partes), mas, na minha opinião, este
laço tem que ser cortado devagar, respeitando o tempo de cada um. Ou pode só
acontecer bem mais tarde, o que é que tem? Sem neuras.
8. Quem é a mais bagunceira?
Essa frase eu escuto até hoje. É desculpa para puxar assunto, porque a
resposta está sempre na cara. A Ísis sempre chega mexendo nas coisas, fazendo
perguntas inconvenientes, querendo saber de tudo. Ela já derrubou uma bandeja
inteira de salgados numa festa e já esticou os dois pés (com sapato e tudo) no
sofá da casa de uma pessoa que eu nem tinha intimidade. Já nasceu
estripulimaníaca. A Laís se contenta em morrer de vergonha. Quando saio só com
ela nem parece que estou com criança. Ela que toma conta de mim.
9. Estão doentes de novo? Depois dos 7 anos essa
fase passa!
Essa frase eu demorei para deixar de escutar. Elas têm asma e quando
menores, ficavam internadas com frequência, principalmente a Laís que tinha a
imunidade muito baixa. O que as pessoas não entendem é que a asma não se cura
com xaropes caseiros. É uma doença crônica que exige tratamento
contínuo, assim como a diabetes e a hipertensão. Demoramos mas conseguimos encontrar
médicas maravilhosas que acompanham até hoje nossas pequenas. Até hoje gastamos
uma fortuna nas medicações de controle, mas crises, nunca mais! Muita oração
também é importante, eu digo sempre que a saúde delas foi graça alcançada numa Novena
a Nossa Senhora das Graças.
10. Que lindas!
Esta também, escuto até hoje, principalmente pelo Facebook. Mas logo no
início, quando ainda eram bebezinhas, entramos em um elevador junto com uma atriz
famosa e ninguém ligou para ela, só ficaram paparicando minhas meninas. Até a
tal celebridade não resistiu e babou ovo das duas! O que fazer , são realmente
lindas: espontâneas, graciosas... Mamãe baba!
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