sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Ainda escrevemos cartas?


Outro dia estávamos no consultório e vimos uma revista com uma reportagem sobre pessoas que ainda se correspondiam por carta.  Eu sempre gostei de cartas. Para ler, para escrever... Contei pra Laís  que trocava cartas com minha madrinha de coração, a tia Glória, durante toda a minha infância  e até há bem pouco tempo, com meu amigo João Ximenes. Ela se animou a escrever. Já escreveu cartas para três pessoas. Fui ensinando a preencher o envelope, a deixar espaço para o selo, a importância da letra bem legível... Cada vez mais me surpreendo não com o talento, mas com a vocação dela para escrever. E tenho mais certeza do valor do exemplo. Pode até ser que a sociedade não dê  a mínima para a literatura, e daí? Por aqui se dá valor e se briga todos os dias por um espaço para divulgar e valorizar a poesia que brota dos terrenos mais inférteis. Carregar água na peneira, eis a nossa sina.